Mesmo com pouca terra, apenas uma quarta parte da área dos estabelecimentos agropecuários, a agricultura familiar camponesa é fundamental para a cesta básica dos brasileiros.
Os estabelecimentos familiares são responsáveis por 87% da produção nacional de mandioca, 70% de feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz, 21% do trigo. Ainda respondem por 58% da produção do leite, 59% do plantel de suínos, 50% das aves e 30% dos bovinos.
É importante frisar que boa uma parte desta produção é feita nos assentamentos de reforma agrária.
Além disso, 38% do valor bruto da produção, uma produção avaliada em R$ 54,4 bilhões por ano, são devidos à agricultura familiar.
Ano passado, o Plano Safra do Ministério da Agricultura já deixou claro quais são os objetivos reais do governo federal quanto se trata em investimentos na agricultura brasileira. Foram R$ 93 bilhões disponibilizados para o agronegócio, contra R$ 15 bilhões para a agricultura familiar.
Agora vem de novo a notícia estampada na Folha de São Paulo:
Produtores rurais terão R$ 100 bi na próxima safra
Somado ao crédito para agricultura familiar, total será de R$ 116 bi; parte do dinheiro irá para sustentabilidade
São R$ 7 bilhões a mais para a agricultura comercial, contra R$ 1 bilhão a mais para a agricultura camponesa.
Show de bola. Agronegócio 100 x 16 Agricultura Camponesa.
Pelo que me consta, para um ser humano sobreviver ele precisa de nutrientes que são adquiridos por meio dos produtos anteriormente citados.
Logo, não podemos pensar na perpetuação da nossa espécie com uma alimentação com base na produção do agronegócio, ou seja, na cana, no soja e muito menos no eucalipto, mesmo que estes venham em cápsulas. E este é apenas um dos motivos!
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