Agrotóxicos no Brasil

O uso dos agrotóxicos no Brasil e no mundo começou a ser intensificado a partir das décadas de 60 e 70, com a chamada revolução verde. A revolução verde foi um processo de mudança da política agrícola no país implementado a partir da segunda guerra mundial. Com um falso discurso de modernização do campo, esse processo incentivou a prática de monocultivos, o uso de sementes geneticamente modificadas, a forte mecanização do campo e o uso dos pacotes agroquímicos. Atualmente, o Brasil possui mais de 400 tipos de agrotóxicos registrados.

o soldado e o agricultor

Quase toda a tecnologia que surgiu na revolução verde, desde as máquinas aos agrotóxicos, foi proveniente de adaptações de pesquisas e equipamentos utilizados na guerra.

A produção e a comercialização dos agrovenenos no Brasil e no mundo se concentra na mão de seis grandes empresas transnacionais, que controlam mais de 80% do mercado de venenos. São elas: Monsanto, Syngenta, Bayer, Dupont, Dow e Basf.


Além controlar a fabricação dos agrotóxicos, essas empresas também controlam a produção e comercialização de sementes, gerando um ciclo vicioso de consumo. Desse modo, o agricultor que passa a utilizar sementes transgênicas e venenos será sempre dependente dessas empresas.

Mais agrotóxicos, menos alimentos

No Brasil, enquanto aumentam os índices de produtividade agrícola, contraditoriamente, aumentam também os índices de insegurança alimentar.

Segundo dados do IBGE, 72,2 milhões de brasileiros (aproximadamente 40% da população) encontram-se em situação de insegurança alimentar. Isso acontece porque o modelo de agricultura brasileiro não está voltado para a produção de alimentos, e sim para o agronegócio. Cada vez mais aumentam no Brasil os monocultivos de cana, soja e eucalipto, mas nenhum desses produtos vai para a mesa do povo brasileiro. Quanto maior o uso de venenos e de sementes transgênicas, menor a produção de alimentos.

As culturas que mais utilizam agrotóxicos no país são justamente aquelas produzidas no modelo do agronegócio, cultivadas em grandes áreas de monocultivo e voltadas para a exportação, como é o caso da soja, que é responsável por 51% do volume total de agrotóxicos comercializados no país.

fonte; mpacontraagrotoxicos.wordpress.com/agrotoxicos-no-brasil/

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